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Cavalo do pé direito branco: lenda ou fato?

Já faz alguns dias que não encontro tempo pra postar aqui no blog – o corre corre da vida, pelo qual todos são acometidos.

Na verdade, uma coisa leva à outra: falta de tempo para os cavalos e as vaquejadas… Resultado: falta de assunto para o blog.

Não por acaso, tempos atrás pedi à todos os leitores que me ajudassem na tarefa de manter esse espaço atualizado. Enviem-me conteúdo que pensem ser interessantes. Vamos movimentar isso aqui.

Porém, não vale copiar textos de outras pessoas e me mandar. Escrevam algo. Caso não queiram escrever, enviem-temas que desejem debater no blog e, por favor, comentem depois.

Vamos ao assunto do cavalo do pé direito branco

Como já falei, estava meio sem tempo, mas, um email de um leitor me libertou da inércia, levantando uma questão bem polêmica, que sempre me guiou em meus negócios com cavalos e para a qual tenho uma opinião bem definida, mesmo que seja equivocada.

O email foi do leitor Gabriel José e veio com a seguinte pergunta: “Cavalos do pé direito branco: Li um artigo sobre o assunto na ultima revista vaquejada & cia. O que vcs acham? é realmente uma crendice popular?”.

Minha humilde opinião sobre o “pé direito branco”

Bem, Gabriel, vou te responder como você próprio perguntou: o que vocês “acham”? Isso mesmo, vou dizer o que “eu acho”, minha opinião – até porque acredito que não haja resposta exata para sua pergunta.

Até onde sei, a ciência ainda não tentou desvendar os mistérios da coloração das patas equinas… Então, vamos lá: EU, PARTICULARMENTE, NÃO COMPRO UM CAVALO DE PÉ DIREITO BRANCO NEM QUE A VACA TUSSA.

Mas, como falei, é minha opinião. O que sempre ouvi sobre este assunto veio dos mais velhos, que costumavam dar muito valor aos sinais dos cavalos.

Os do pé direito branco, particularmente, eram chamados de “agé”, se não me falha a memória. Lembro-me da fórmula “mágica” de meu avô ao analisar os sinais de um cavalo: “Um é bom, dois é melhor. Três é ruim, quatro é pior. Cinco é brinco, seis é rei. Sete é peste e de oito em diante, enquanto mais, melhor”. (Engraçado escrever isso aqui – nunca imaginei conselhos “matutos” como esse num blog).

Bem, pelos mais velhos, o pé direito branco não era algo apreciado num cavalo… Até onde me lembro, o pé esquerdo era bom, pés cruzados (pé esquerdo e mão branca), dois pés brancos, mãos brancas, quase tudo era aceitável.

Existiam restrições quanto a boca branca (bebe em branco) e pé direito. Lembro-me de um sinal que, de tanto ouvir histórias, sempre procurei e poucas vezes vi: duas mão brancas na mesma altura…

Creio que haja muito folclore em tudo isso, mas onde há fumaça, há fogo. As histórias começaram a surgir devido a fatos reais.

Os tempos mudaram

Enfim, as história dos sinais dos cavalos sempre foram polêmicas mas já não têm tanta força.

Argumentar tudo isso num tempo de tanto culto à genética, às raças campeãs, seria como ir à guerra hoje em dia de arco e flecha na mão.

Evidentemente que a maioria dos criadores não estão nem aí pra isso, que os consultores de equinocultura não indicam os sinais como algo a ser levado em consideração, mas, pra mim, sempre terei um pé atrás com o pé direito branco.

Não falo isso simplesmente por crendice, por ter ouvido. Lembro que meu primeiro presente, aos seis anos, foi um cavalo tordilho (naquela época, rudado pedrêz) e, desde então, não me lembro de ter passado um mês sequer sem gastar dinheiro com ração de cavalo.

Sempre os criei e sempre acompanhei de perto inúmeros cavalos de muitos amigos e conhecidos e o resultado foi que o pé direito branco se revelou como uma experiência negativa para mim.

Pode ser até que eu tenha encucado com as histórias da carochinha, mas o fato é que casos de insucesso aconteceram bem diante de meus olhos.

Sei até de histórias de vaqueiros que tiveram sucessos em cavalos agé e de pessoas que até gostam desse sinal, mas, não esqueço das dezenas de vezes que ouvi alguém dizer “esse é bom” para poucos meses depois eu rebater “tá vendo, eu não falei?”.

Pra mim é isso: cavalo do pé direito branco uma hora dá pra trás, só não se sabe quando será. Se for no boi do carro, já era.

O que vocês acham?

Como falei, essa é apenas minha opinião, mas posso estar completamente equivocado. Não li a matéria da Revista Vaquejada e Cia e não sei onde encontrar conteúdo mais aprofundado sobre o tema – penso até que não exista.

Por isso, a única maneira que encontrei de responder foi com “achismo”. Gostaria de ouvir vossas opiniões sobre o assunto e se alguém mais tiver lido, relatem-nos o que dizia a matéria.

Haras™

O Haras™ é um reconhecido criatório da raça quarto de milha, especializado em animais para vaquejada. Atualmente, o Haras™ conta com um selecionado plantel, baseado na genética dos mais renomados garanhões e éguas da linhagem de corrida, com produtos bem pontuados na ABQM e que estão nesse momento dando shows nas pistas de vaquejada de todo Brasil.

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